Acervo conta com pranchas de 1920
Mais de 700 pranchas garimpadas em todo o mundo, carros usados por surfistas nas décadas de 60 e 70 e filmes sobre surf e outros esportes de praia vão compor o acervo do Museu Internacional do Surf de Búzios, que será aberto à visitação até o fim do ano. O museu vai ocupar todo o segundo piso do Shopping nº 1, na entrada da Rua das Pedras, ponto mais movimentado da península.
Criado há 19 anos pelo surfista Telmo Moraes, o museu funcionou até 2012 em Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde recebeu mais de 600 mil visitantes - no próprio museu e em exposições externas - desde a sua inauguração. Telmo busca pranchas raras em todo o mundo e tem no seu acervo a prancha do americano Jess Clark, que ficou famoso ao surfar nas ondas da praia de Mavericks, na Califórnia, considerada uma das mais perigosas do planeta, quando tinha apenas 17 anos. Vitor Ribas, natural de Cabo Frio, tem um espaço especial no museu. Ele obteve, em 1990, a melhor colocação de um brasileiro no circuito mundial de surf.
— Com as pranchas, os carros, as roupas e outros equipamentos, além dos filmes que vamos exibir diariamente, os visitantes poderão acompanhar toda a evolução do surf no mundo. Temos oito pranchas alaia, de madeira, que nos remetem ao início do surf no mundo. O acervo tem peças desde 1920, além de skates dos anos 50, as primeiras pranchas de windsurf no Brasil, entre outros atrativos — disse Telmo Moraes, que, aos 62 anos, pega ondas nas praias de Geribá, Peró e Forte.
O secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, prevê que o Museu do Surf será, depois das praias e do Forte São Matheus, em Cabo Frio, um dos destinos mais visitados na Região dos Lagos. Ele será aberto no final de dezembro, e o ingresso vai custar R$ 15.
— O surf brasileiro tem uma longa história, e o museu tem verdadeiras obras de arte que atraem a curiosidade até mesmo de quem nunca pegou uma onda. Estamos buscando apoio do Instituto Brasileiro de Museus para apoiar o projeto, e várias operadoras de turismo que trabalham com os transatlânticos já procuraram a Secretaria de Turismo de Búzios interessadas em levar turistas para o museu.
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